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Votar em Haddad e Marinho é garantir emprego e direitos, dizem sindicalistas

Eleger candidatos da coligação 'Brasil Feliz de Novo' é a garantia da revogação dos projetos do ilegítimo Temer que retiraram direitos do povo, dizem dirigentes sindicais ligados à CUT, CTB, Força e NCST

Publicado: 21 Setembro, 2018 - 09h22 | Última modificação: 21 Setembro, 2018 - 11h40

Escrito por: Rosely Rocha, especial para a CUT

Roberto Parizotti
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Centenas de trabalhadores e trabalhadoras, militantes e dirigentes sindicais foram até a quadra dos bancários, no centro de São Paulo, na noite dessa quinta feira (20), para acompanhar a plenária em que lideranças da CUT, CTB, Força Sindical e NCST reafirmaram o apoio aos candidatos do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, ao governo do estado, Luiz Marinho, ao Senado de Eduardo Suplicy e Jilmar Tatto; e também aos candidatos a deputado estadual e federal do PT e do PC do B, partido que indicou a deputada Manuela d’Avila para ser vice de Haddad.

Haddad, que participava de debate com os demais presidenciáveis na TV Aparecida, no interior de São Paulo, foi representado por sua mulher, Ana Estela, que fez referência ao grupo de mulheres organizado no Facebook contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) e a declarações do vice Hamilton Mourão (PRTB), para quem famílias mantidas por mães e avós tenderiam a criar "desajustados" sociais.

Ana Estela defendeu a importância de políticas públicas, afirmando que "46% das famílias são chefiadas por mulheres". Ela também se manifestou pela revogação da Lei 13.467, de "reforma" trabalhista, e da Emenda Constitucional 95, de congelamento de gastos públicos.

Os representantes das centrais foram unânimes em afirmar que o legado do ex-presidente Lula, que criou milhões de empregos e promoveu mais igualdade e justiça social, foi o que levou a elite brasileira a participar ativamente do golpe orquestrado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), que não se confirmou em perder a eleição e levou seu partido a embarcar nessa ponte para o passado. Aliado a partidos de direita, como o MDB, Aécio liderou o golpe de 2016, que destituiu uma presidenta legitimamente eleita por 54 milhões e meio de eleitores e colocou em seu lugar o então vice, Michel Temer (MDB-SP), que vem promovendo o maior retrocesso social e trabalhista das últimas décadas.

Para Luiz Marinho, o golpe de 2016 não foi só contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e o PT, mas um grande golpe contra o povo brasileiro, os movimentos sociais, de moradia, de educação, de saúde e contra a classe trabalhadora e de forma planejada.

“Arquitetaram o processo de desmonte da estrutura democrática e social do nosso país. As reformas dos golpistas são contra o povo brasileiro. Ao contrário de Lula que herdou o país em frangalhos e nos conduziu para nos libertar da miséria”.

“Eu e Haddad, como ministros de Lula”, disse Marinho, “ajudamos a criar milhões de empregos e, tenho certeza de que uma parceria Haddad presidente e Marinho governador , sob a liderança de Lula, vamos gerar de novo a oportunidade que o nosso povo trabalhador tanto precisa”.

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A mesma crítica aos golpistas fez o presidente da CUT, Vagner Freitas. Segundo ele, o golpe de 2016 acabou com os direitos trabalhistas e a forma de dar o troco é nas urnas.

“Vamos dar um tapa de luva de boxe nos golpistas elegendo Haddad, Marinho e nossos candidatos ao senado Tato e Suplicy. Haddad será presidente e vai revogar a reforma Trabalhista, manter a Previdência Social e as empresas públicas, fazer a Reforma Agrária e, também, uma reforma tributária que vai taxar mais os ricos”.

Segundo Vagner Freitas, nunca houve no país tanta luta de classes como agora e a CUT, que foi criada para defender os trabalhadores e a geração de renda, está na trincheira em defesa da democracia e dos direitos, lutando para impedir mais retrocessos, mais desemprego e para revogar as medidas nefastas de Temer; e o voto nessas eleições é a arma que a classe trabalhadora usará.

“Ou os trabalhadores ganham a eleição ou ganham os patrões. É a hora, somos nós ou eles. Nós vamos ganhar a eleição”, afirmou.

O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, ratificou as palavras de Vagner e também lembrou os problemas causados pelas administrações tucanas no estado de São Paulo, como a crise hídrica, os desvios de verbas em obras como a do Rodoanel e do metrô, para reforçar a necessidade de eleger Marinho e Haddad.

“Vivemos uma tragédia social e política. Essa é a eleição da nossa vida. Vamos ganhar essa eleição”, disse o dirigente.

Na plenária, foi lido um documento que aponta as razões dos sindicalistas apoiarem os candidatos do PT. No texto, eles afirmam que o Partido dos Trabalhadores e o PC do B estiveram na luta contra a retirada dos direitos dos trabalhadores; que Lula e Dilma combateram a fome, abriram as portas das universidades para a periferia, valorizaram o salário mínimo e criaram projetos contra a fome.

No documento, os sindicalistas afirmam ainda que os candidatos mais pontuados nas pesquisas representam o atraso, por apoiariem o golpe e têm compromissos com o agronegócio e com os banqueiros, e que Haddad e Marinho vão mudar a vida do povo de São Paulo e do Brasil.

No evento, o candidato ao senado Eduardo Suplicy prometeu ajudar a mudar a reforma Trabalhista e criar uma política econômica que ajude a fomentar a economia, melhorar a educação, a saúde, expandir o micro crédito e a transferência de renda aos mais necessitados.

“Luto para instituir o direito de qualquer pessoa, não importa a raça, a ter uma renda suficiente para viver“, disse Suplicy.

Já o candidato ao senado Jilmar Tatto disse que a desigualdade social, o aumento da terceirização, a PEC do Teto dos Gastos Públicos foram crimes contra os trabalhadores e o povo em geral, em especial os mais pobres.

“Vamos revogar essa reforma. Temos o compromisso de revogar esses entulhos e defender os sindicatos. Vamos precisar de Lula, Haddad e Marinho para chamar uma Assembleia Constituinte. Vamos mudar o país como Lula ensinou, nas ruas, nos sindicatos. Vamos à luta, à vitória”, disse Tato.

Para Jorge Carlos de Moraes (Arakem), Secretário-Geral do Sincidato dos Metalúrgicos de São Paulo, filiado à Força Sindical, que defendeu Lula, a união das centrais sindicais representa a volta da esperança do povo povo brasileiro.

“Lula está preso porque deu oportunidade para os pobres. Há quinhentos anos a elite massacra o povo. Lula trouxe fé. Vamos colocar Haddad na presidência para o povo voltar a sorrir e ter esperança”, disse.

Arakem leu uma carta enviada pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres, dirigida a Fernando Haddad, em que o dirigente afirma: “ao nosso ilustre escolhido pelo ‘cara’. Você ganhará essa eleição. Você recebeu de Lula a tarefa de unir a sociedade e gerar empregos”.

Já para o representantes da Nova Central, Ailton Francisco, os sindicatos têm um exército de pessoas que lutam por dias melhores e que farão o PT ganhar as eleições.

“Parabéns aos partidos que não acreditaram no canto da sereia. O PT ressurge das cinzas. Vamos virar o jogo e ganhar a eleição”.

Homenagem a D.Marisa Letícia

No ato, Luiz Marinho fez questão de homenagear dona Marisa Letícia, a grande companheira de Lula,que ficou ao lado dele nos piores momentos, sempre o incentivando a prosseguir na luta até chegar à presidência da República.

Ao citar D.Marisa, o candidato ao governo do estado de São Paulo lembrou que o mesmo companheirismo que ela tinha com Lula, tem Ana Estela com Haddad. A mulher do candidato à presidência, presente ao ato foi a sua representante, já que ele não pôde comparecer porque iria participar de um debate na TV Aparecida.

Marinho ressaltou as qualidades de Ana Estela,que também é professora e foi , segundo ele, uma das criadores do Prouni quando Haddad era ministro da educação no governo Lula No ato, as mulheres cutistas entregam a Ana Estela a plataforma da mulher trabalhadora e da saúde, em que pedem o compromisso dos candidatos com as propostas dos documentos.

Ana Estela, disse que as reivindicações eram importantes para o movimento feminino que luta por mais igualdade, apesar de as mulheres serem 46% das chefes de família no país.

“Essa campanha é a da força feminina. Eu acredito muito na força da mulher assim como Lula, que criou a Secretaria Especial para Mulheres e políticas voltadas para as mulheres, como o Minha Casa, Minha Vida e a Bolsa Família”, lembrou Ana Estela Haddad. Por fim, pediu para a militância ir para as ruas.

Roberto ParizottiRoberto Parizotti
Temos 20 dias para ganhar essa eleição
- Ana Estela Haddad