Hoje: todos às ruas do Rio por democracia e desenvolvimento
Ato começa na Igreja da Candelária, às 16h, e seguirá para a sede da Petrobrás e para a Cinelândia
Publicado: 07 Dezembro, 2015 - 17h19 | Última modificação: 08 Dezembro, 2015 - 10h58
Escrito por: Luiz Carvalho
Mais emprego, mais desenvolvimento, mais transparência, mais diálogo, mais democracia, uma nova política econômica, mais participação de quem gera riqueza nas decisões sobre o país. O desejo da maioria dos brasileiros é também a agenda de luta da CUT, das demais centrais e dos partidos e movimentos progressistas.
Essa mudança, porém, não virá pelas mãos da oposição, que torce pelo quanto pior, melhor. Nem com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acuado por acusações de corrupção, resolveu colocar na mira a presidenta Dilma Rousseff para desviar o foco.
Mais do que Dilma, o discurso oportunista do impeachment ataca a democracia, o Estado de direito, desrespeita o voto da população que elegeu a presidenta para dar continuidade ao governo democrático-popular, por ampliação de políticas públicas que favorecem os mais pobres, conforme aponta o Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre.
“Quando você tem a mudança na lógica social, isso incomoda muita gente, por isso vemos se acirrar na sociedade brasileira expressões de racismo, homofobia, preconceito social. A democracia e a igualdade são valores muito importantes para nós, mas para haver distribuição de renda, alguns vão perder privilégios e é natural que isso incomodasse. Cabe a nós, forjados na luta pela democracia, defender esse valor tão caro”, apontou.
Nobre destaca ainda que o ato terá como objetivo divulgar o Compromisso pelo Desenvolvimento, um documento construído por sindicalistas e empresários, que querem desencadear no país uma agenda positiva.
“Temos propostas para o desenvolvimento e o primeiro passo é encerrar a crise política que paralisa a economia em nome de interesses mesquinhos e individuais. Chega de terceiro turno, a hora é de o Brasil retomar o crescimento, há muito a se fazer e não aceitaremos imposições de um grupo que não respeita o resultado das eleições e que insiste em desempregar milhares de postos de trabalho, ao invés de propor saídas para o crescimento e desenvolvimento, no melhor exemplo da política de quanto pior, melhor”, acrescenta Sérgio Nobre.
Presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, destaca que o cenário exige, mesmo de quem não votou em Dilma, mas acredita na democracia, um basta ao golpismo e ao facismo pelo bem do país.
“Um golpe ou qualquer ação que afeta a estrutura democrática é um ataque também ao desenvolvimento. E nossa base não vai aceitar o golpe, que vem do Congresso Nacional mais conservador da história.”
Além disso, destaca, Rodrigues, o Rio de Janeiro corre o risco de perder milhares de postos de emprego por conta de quem joga a favor da crise.
“O Rio pode perder em torno de 50 mil postos, quando as obras das Olimpíadas se encerrarem. Porque a operação Lava-jato já resultou no desinvestimento no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), na indústria naval, que quebrou o estaleiro. Você vai ter gente indo para a rua nos próximos 3, 4 meses. E esta conta tem que ser jogada no colo de quem promove crise para favorecimento pessoal. A operação Lava-Jato não tem apenas como objetivo prender os donos das empresas, mas quebrá-las para derrubar a economia.”
Ato em Defesa da Democracia e do Desenvolvimento
Dia 8 de dezembro – Rio de Janeiro
16h – Concentração em frente à Igreja da Candelária
17h – Caminhada até a Sede da Petrobrás
18h – Caminhada até a Cinelândia, onde será realizado o Ato Político.