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Em audiência na Câmara, Margaridas entregam pauta da Marcha

Trabalhadoras tem encontro com Dilma na sexta-feira (6) para apresentar reivindicações

Publicado: 01 Julho, 2015 - 18h07 | Última modificação: 01 Julho, 2015 - 18h16

Escrito por: Luiz Carvalho

Cláudia Ferreira
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Carmen (primeira à esquerda) durante audiência de entrega da pauta das Margaridas

Em audiência pública na Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira (1), lideranças de movimentos feministas que integram a Marcha das Margaridas entregaram ao Legislativo a pauta de reivindicações da mobilização com a relação dos projetos de lei que os rurais reivindicam aprovação pelos deputados e senadores. 

Na sexta-feira (3), as trabalhadoras tem um encontro marcado com a presidenta Dilma Rousseff para apresentar os pontos de luta também para o Executivo. 

Como o lema “As Margaridas seguem em marcha por desenvolvimento sustentável, com democracia, justiça, autonomia, igualdade e liberdade”, a 5ª edição da Marcha acontece nos dias 11 e 12 de agosto, em Brasília, e deve levar à capital federal mais de 100 mil mulheres. 

Convocada pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF), a audiência ocorreu na Comissão de Direitos Humanos e Minorias para formalizar a entrega  e segundo a vice-presidente da CUT, Carmen Foro, que falou em nome da Central, as trabalhadoras deixaram que não aceitarão retrocesso. 

“A pauta que entregamos é focada nos eixos gerais das nossas reivindicações, que tratam do enfrentamento à violência contra a mulher, combate aos transgênicos, defesa da lógica da agroecologia, educação e saúde universais. Nossa visão é que o Congresso, neste momento conservador, exige de nós que saiamos às ruas para continuar pressionamento nessa disputa por um modelo de desenvolvimento para país que não vai pelo caminho da produção de alimentos com veneno e da educação sexista”, definiu Carmen. 

Conversa com Dilma – A pauta que será entregue à presidenta tem como base os eixos da marcha: soberania e segurança alimentar; terra água e agroecologia; sociobiodiversidade e acesso a bens naturais; autonomia econômica, trabalho e renda; violência sexista; direito à saúde e saúde reprodutiva; democracia, poder e participação.

“Vamos entregar essas reivindicações para o governo para cobrar que algumas negociações já sejam iniciadas e consigamos dar sequência a uma mesa de negociação permanente, que tem seguido ininterruptamente desde 2007”, diz. 

Margarida vive

A Marcha das Margaridas é uma homenagem à Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, município da Paraíba, assassinada em 1983.

As caravanas de mulheres chegam ao estádio Mané Garrincha a partir do dia 11 e a abertura oficial do encontro está para prevista para as 18 horas do mesmo dia. Na manhã seguinte, a Marcha deixa o estádio e segue para a frente do Congresso Nacional.

Desde 2003, primeiro ano da manifestação, mais de 140 mil mulheres ocuparam a capital federal para cobrar políticas públicas voltadas a um modelo de desenvolvimento centrado na vida, no respeito à diversidade e contra a violência sexista.