MENU

Petroleiros: maior parte dos estados encerra greve

Paralisação termina em SP, PR, BA, RN, RS e Duque de Caxias (RJ); assembleias no ES e Norte Fluminense decidem por continuidade

Publicado: 16 Novembro, 2015 - 13h05 | Última modificação: 16 Novembro, 2015 - 14h59

Escrito por: Redação CUT com informações da FUP (Federação Única dos Petroleiros)

Sindipetro Caxias
notice
Assembleia dos petroleiros em Duque de Caxias decidiram por suspensão da greve

Após 13 dias de greve e a abertura junto à Petrobrás de um canal de negociação da Pauta pelo Brasil, conjunto de reivindicações alternativas ao plano de desinvestimento da empresa, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) orientou seus sindicatos a suspenderem as paralisações e adotarem estado de greve.

A mobilização garantiu a criação de um grupo de trabalho paritário que terá 60 dias para elaborar um relatório a ser encaminhado à direção da companhia, ao Conselho de Administração e ao governo federal. A categoria também arrancou o compromisso de que nenhum direito dos trabalhadores fosse retirado, preservando as conquistas obtidas nos últimos 13 anos.

Em assembleias no final de semana, sindicatos de petroleiros de São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte, Duque de Caxias (RJ) e Rio Grande do Sul decidiram por aceitar a orientação da FUP. Já os trabalhadores do Espírito Santo e Norte Fluminense optaram pela continuidade do movimento paredista. Paraná e Santa Catarina promovem assembleias nesta segunda (16).

Barrar o retrocesso

Entre os principais pontos acordados na negociação estão a criação de um Grupo de Trabalho para discutir os pontos da Pauta pelo Brasil, avanços no ACT da Fafen-PR, reposição da inflação, avanços no SMS e no benefício farmácia. Em relação aos dias parados, 50% serão compensados e outra metade descontada.

Aproveitando a crise mundial do setor de petróleo (com o barril valendo cerca de 1/3 do valor que era comercializado há menos de dois anos) e da própria Petrobrás, a direção chegou a propor um acordo extremamente rebaixado, com perdas de diversos direitos e mesa de negociação separada por empresa do Sistema. Os sindicatos não aceitarem, impuseram uma pauta politizada e aguardaram a manifestação da diretoria da Petrobrás por mais de 100 dias.

Na ausência de diálogo, a categoria partiu para a greve que obrigou a empresa a rever sua estratégia e avançar em diversos pontos.

A partir dessa sinalização, o Conselho Deliberativo da FUP indicou a aceitação da proposta, com suspensão da paralisação, mas manutenção do estado de greve, ou seja, se houver qualquer tentativa de retrocesso, os petroleir@s cruzam os braços novamente.