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Rumo à greve geral

A paralisação passa pelo “esquenta” do dia 22, por isso a importância da participação da classe trabalhadora

Publicado: 20 Setembro, 2016 - 15h11

Escrito por: CUT

Foto: CUT
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A Executiva da CUT Nacional, suas estaduais e os Ramos que compõem a base dos trabalhadores cutistas reuniram-se em Brasília no dia 14 de setembro, após dois dias de intensa mobilização que reuniu de 10 a 15 mil manifestantes na capital federal nos dias 12 (“Fora Temer e Fora Cunha”) e 13 (“NENHUM DIREITO A MENOS”, contra a PEC 241).

Essas mobilizações engrossam as manifestações que antes mesmo da consumação da farsa do impeachment da presidenta Dilma tomaram as ruas de todo o país contra o golpe e agora continuam pelo “Fora Temer”. Milhares de jovens, mulheres, intelectuais, artistas, trabalhadores e trabalhadoras estão indicando claramente que não reconhecem este governo golpista e que repudiam as medidas e políticas de ataque aos direitos sociais, previdenciários e trabalhistas, de entrega de nossos recursos econômicos e naturais para as multinacionais, notadamente no caso do Pré-sal.

Os ataques do governo golpista se desdobram à cada dia. A cada momento o cerco contra a democracia e o estado de direito se intensifica, como se viu no grotesco e perigoso espetáculo montado por procuradores da Lava Jato que “com convicção, mas sem provas” tentam incriminar o ex-presidente Lula, mostrando ao Brasil e ao mundo a utilização política, tendenciosa e parcial do judiciário brasileiro. A CUT repudia tal operação como um atentado contra os direitos elementares dos cidadãos e tentativa de criminalizar não só a figura de Lula, mas o PT, outros partidos de esquerda e o conjunto das organizações sindicais e populares que hoje estão em pé de luta em defesa dos direitos e conquistas ameaçados pelos golpistas.

Diante da urgência desse quadro, após discussão baseada em informes das estaduais e ramos de nossa central, crescem as condições para uma greve geral que derrote o conteúdo regressivo do golpe, partindo da afirmação intransigente de “NENHUM DIREITO A MENOS”.  A CUT prioriza junto às suas bases a preparação da Greve Geral no próximo período, apoiando as greves em curso pelo Brasil e indicando desde já o seguinte:

22 DE SETEMBRO – DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO E MOBILIZAÇÃO RUMO À GREVE GERAL – A greve geral passa pelo “esquenta” do dia 22, por isso a importância da participação da CUT nacional, estaduais, ramos e macrossetores na organização da mobilização e paralisação nesse dia, rumo á greve geral. Foram definidos os passos para o dia 22:

  • Intensificar a preparação do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização de 22 de setembro como um “Esquenta da Greve Geral”, reforçando a interrupção total ou parcial do trabalho;
  • Intensificar a construção do dia 22 junto às Frentes Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo;
  • Continuar a construir esse “esquenta” com as outras centrais sindicais para que também mobilizem suas bases;
  • Os ramos devem continuar a convocar suas bases para a paralisação no dia 22;
  • Todos os estados devem organizar  plenárias de sindicatos e movimentos parceiros – como já vem sendo feito – para potencializar o “Esquenta da Greve Geral”;
  • Os macrossetores também deverão contribuir na construção da mobilização.

26 DE SETEMBRO – REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA EXECUTIVA AMPLIADA  - Reunião para a realização de balanço das atividades do dia 22 e definir data (indicativa) para a Greve Geral ainda neste ano. Continuar a construir a mais ampla unidade de ação com as demais centrais sindicais e com as Frentes nesse processo de preparação da Greve Geral por “NENHUM DIREITO A MENOS”, preservando sempre a autonomia da CUT na agitação das palavras de ordem que consideramos centrais na atual conjuntura.

05 DE OUTUBROMOVIMENTO DE PARALISAÇÃO DO FUNCIONALISMO PÚBLICO NO COMBATE À PEC 241 (DF). Convocar em conjunto com entidades do funcionalismo federal, estadual e municipal, um segundo Dia Nacional de Paralisação e Mobilização tendo como centro o combate à PEC 241 que congela os “gastos” com os serviços públicos por 20 anos. A Executiva Nacional da CUT considera que esta não é uma luta específica dos servidores públicos que terão seus salários e direitos afetados diretamente, mas do conjunto da classe trabalhadora, pois o que traz a PEC 241 é um verdadeiro desmonte do Estado e de suas políticas sociais, afetando diretamente todos os trabalhadores e o povo que necessitam de um serviço público de qualidade (Educação e Saúde públicas, por exemplo).     

PLANO DE LUTAS - As ações que constam do Plano de Lutas da CUT para o Segundo Semestre (anexo), definidas na reunião da Direção Nacional de 18 e 19 de agosto de 2016, e reavaliadas pelos dirigentes na reunião, são coerentes com o momento e devem continuar a ser executadas.

DIRETAS JÁ – A CUT, diante da ilegitimidade do governo Temer, um governo sem voto popular e que representa interesses estranhos aos da maioria da população brasileira, se soma á exigência de que a palavra seja dada ao povo – pois é a soberania popular que é a base da democracia – através de eleições Diretas Já com a instalação de Constituinte para a reforma desse sistema político apodrecido que pretende legitimar o golpe.

EIXOS DA  LUTA - OS EIXOS E PALAVRAS DE ORDEM QUE NORTEARÃO TODAS AS AÇÕES CUTISTAS SERÃO:

  • “NENHUM DIREITO A MENOS”;
  • “Rumo à Greve Geral”
  • “Fora Temer”; e
  • “Diretas Já, com assembléia constituinte para a reforma política”.