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Vagner Freitas: "Só a luta garante"

​A greve desta sexta-feira é mais um passo na construção da resistência e da luta por um futuro melhor para todos

Publicado: 30 Junho, 2017 - 10h36 | Última modificação: 03 Julho, 2017 - 13h31

Escrito por: Vagner Freitas, presidente Nacional da CUT

Roberto Parizotti
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O embate entre o capital e o trabalho é um processo de luta que exige organização, mobilização e capacidade de resistência como qualquer luta de classe.

Só a luta garante.

E, como eu costumo dizer, lutar sempre surte efeito, às vezes, não tão rápido como todos nós gostaríamos. O resultado nem sempre vem de uma vez só, tem de ser construído no dia a dia, nas mobilizações, na resistência, na pressão, nas ruas e no Congresso Nacional.

É importante lembrar que com luta e resistência conseguimos impedir a conclusão do golpe. É isso mesmo. O projeto dos golpistas era destruir o legado e as conquistas dos /as trabalhadores/as, construídas e implantadas nos últimos 13 anos; e, também, acabar rapidamente com os direitos sociais, trabalhistas e previdenciários.

Nós resistimos, lutamos, impedimos que as reformas Trabalhista e Previdenciária fossem aprovadas no primeiro trimestre deste ano, como os golpistas queriam. Estamos acumulando forças para que qualquer decisão tomada no futuro contra os/as trabalhadores/as seja revertida e, juntos, possamos construir um país com justiça e inclusão social, emprego decente, ensino e saúde de qualidade, enfim, com oportunidades iguais para todos e todas.

A greve desta sexta-feira, 30 de junho, é mais um passo na construção da resistência e da luta por um futuro melhor para todos.

Em 6 de julho, dia em que o Senado vota no plenário a reforma Trabalhista, vamos mais uma vez ocupar Brasília contra o desmonte da CLT, do fim do emprego formal, do direito a férias, 13º e carteira assinada.

Nosso papel é lutar, resistir.

E é isso que estamos fazendo cada vez mais desde o fim de 2014, quando parte da mídia e do Judiciário se uniu ao candidato derrotado nas eleições presidenciais e seus aliados conservadores para dar um Golpe de Estado. Sabíamos desde então que o golpe era para acabar com o projeto de distribuição de renda e inclusão social, contra o Brasil, contra a democracia e contra a classe trabalhadora. O projeto dos golpistas é acabar com a soberania nacional, entregar o petróleo e as nossas terras para as multinacionais.

E a nossa resistência surtiu efeito.

Mobilizamos a classe trabalhadora, os movimentos populares e entidades sindicais de todo o mundo, denunciamos os ataques contra os direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, além do ataque contra a democracia no Brasil e impedimos que o golpe se concretizasse como eles pretendiam.

Foi a nossa luta que levou a opinião pública a refletir sobre os reais objetivos do golpista e ilegítimo Temer. Os meios de comunicação, que manipularam as informações e enganaram o povo dizendo que com Temer a economia do país iria aquecer e milhões de empregos seriam gerados, não conseguiram manter a sociedade ao lado do ilegítimo.

O desempenho de Temer despencou. Ele é reprovado por 95% dos brasileiros, segundo pesquisa CUT/Vox. Até o Datafolha desistiu de sustentá-lo e em sua última pesquisa registrou um percentual de apenas 7% de aprovação.  

Nossos atos, mobilizações e paralisações contribuíram muito para expor a verdadeira face desse presidente ilegítimo, corrupto e totalmente subordinado ao mercado, aos empresários com quem sempre fez negociatas por baixo dos panos ou nos porões do Palácio do Jaburu.

Nenhum direito a menos!.

Queremos eleições diretas já!, para que a voz do povo seja ouvida e o Brasil seja colocado novamente no rumo do desenvolvimento com inclusão social, distribuição de renda e geração de emprego.